Imagem ilustrativa da imagem Tutores podem cadastrar animais de companhia em site no Paraná
| Foto: Reprodução/PIÁ

Quando se fala sobre animais domésticos ainda existe pouco controle governamental sobre essa população. No Paraná existe o programa Pet Amigo, um cadastro estadual de animais de companhia. Com o registro, todas as informações sobre o animal estarão reunidas em um só lugar - o que facilitará a identificação caso ele fuja, seja furtado ou roubado.

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Quem pode inserir ou acessar as informações são as pessoas cadastradas no PIÁ (Paraná Inteligência Artificial), que une os serviços do governo em um só lugar. Esse cadastro é feito pela internet, de forma gratuita, e exige a inserção de dados do tutor e do animal, como nome, sexo, idade, raça, grupo animal e, se houver, o número do chip eletrônico. Para fazer o cadastro basta acessar o site Piá (http://www.pia.pr.gov.br/), digitar na busca “Pet Amigo”, clicar na opção “Cadastrar animal” e preencher as informações solicitadas.

Quanto maior for o volume de informações, como doenças crônicas e características marcantes (manchas, cicatrizes etc), melhor será para a identificação do animal. A plataforma permite também que se anexe fotos do animal para facilitar seu reconhecimento. Tudo é feito na hora.

Segundo Fernanda Braga, coordenadora de recursos naturais da Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, até agora são 6.630 animais cadastrados, sendo que 6.300 deles foram feitos neste ano. “Os municípios com mais registros são Campo Mourão (centro-oeste), com 690, e Mamborê, com pouco mais que 500 cadastros”, destacou Braga, que é também secretária executiva do Ceda (Conselho Estadual de Direitos dos Animais),

Mas a ferramenta ainda tem sido pouco utilizada por diversos municípios. Em Londrina, por exemplo, são apenas três cachorros cadastrados, um no Jardim Palmeira, outro no Centro e o terceiro aparece o CEP, mas não tem informação do bairro. Em Maringá (Noroeste) há 14 animais registrados. Como Curitiba possui uma base de dados própria, a Celepar ainda está estudando como integrar essa base de dados com a estadual.

INFORMAÇÃO QUALIFICADA

A coordenadora explica que a plataforma ainda está sendo construída. "A gente sabe que não é de uma hora para outra que vai ter esse diagnóstico, mas quanto mais for divulgado esse banco de dados teremos mais informação qualificada para saber o que de fato acontece em cada região."

Ela explicou que, embora não seja incumbência da plataforma traçar políticas públicas, a ideia do pet Amigo foi ter também um sistema que centralizasse informações para que os setores responsáveis desenvolvam ações para essa população. “Quando se tem esse mapeamento, você consegue saber para onde dirigir os seus esforços, seja para castrar, vacinar ou ver a questão sanitária desses animais."

IDENTIDADE DIGITAL

Ela explicou que só o próprio tutor pode cadastrar o seu animal de estimação e que provavelmente não tem a validade legal de um cartório, pois dos dados inseridos são auto declaratórios. “Mas acaba sendo uma forma de fazer gestão. Se esse animal morder alguém na rua o tutor pode ser responsabilizado. Da mesma forma, se o animal for abandonado ou sofrer maus-tratos, também pode-se chegar ao tutor e identificar o que aconteceu. Hoje o sistema permite que alguém tire foto de um animal do qual não é responsável, mas pode dizer que é. Mas se a informação for falsa ele pode ser responsabilizado por isso”, destacou. Ao mesmo tempo o sistema permite comunicar se o animal está perdido e pode aproximar quem perde e quem encontra o animal.

“Ainda está sendo desenvolvido uma espécie de identidade digital, que a pessoa possa imprimir o documento como se fosse um RG, mas essa etapa ainda não está pronta no sistema”, destacou.