Em momentos extremos de calamidades, como a que o Rio Grande do Sul enfrenta, a solidariedade, característica marcante dos brasileiros, sempre se mostra de forma massiva em campanhas de doações. A tragédia que até a tarde desta segunda-feira (6) já havia resultado em mais de 80 mortes, com 336 municípios gaúchos com estado de calamidade pública reconhecido, causou uma forte corrente de solidariedade também em Londrina.

Instituições públicas e religiosas, entidades da sociedade civil organizada e empresas privadas que se prontificaram a colaborar, instalando em suas sedes pontos de coleta. Em reportagem publicada nesta edição, a FOLHA destaca alguns pontos de arrecadação de doações.

A corrente de apoio que se forma, como vemos acontecer em Londrina e em diversas outras regiões do país, demonstra que, apesar das diferenças individuais e das adversidades enfrentadas, somos capazes de nos unir em prol de um bem maior: o auxílio aos necessitados.

Paraná e Rio Grande do Sul têm muitas características em comum e os povos compartilham laços que em muitos casos chegam a superar a amizade. Regiões como o Oeste e o Sudoeste paranaense são marcadas pela forte presença gaúcha desde a formação dos primeiros municípios. O Norte do Estado, apesar de uma ligação mais próxima com São Paulo, também acolheu muitos filhos do “Rio Grande”.

Em entrevista à FOLHA, Vilson Luiz Bello, patrão do CTG (Centro de Tradições Gaúchas) Rincão Sulino, em Londrina, disse que a maioria dos sócios tem parentes residentes nos pontos mais afetados pelas chuvas. Ele espera arrecadar o máximo possível de doações no menor tempo, uma vez que a situação já é dramática e as previsões meteorológicas apontam a possibilidade de mais chuvas para os próximos dias para o Rio Grande do Sul.

Há de se destacar também o empenho de bombeiros e profissionais da Defesa Civil, além de voluntários que trabalham nas operações de resgate e acolhimento das vítimas por todo o estado.

As autoridades gaúchas esperam agora que os recursos emergenciais não tardem a chegar. A ajuda financeira é fundamental para o auxílio às vítimas e para a reconstrução dos danos, porém a prevenção não pode ser deixada de lado. Os investimentos para se evitar ou minimizar os desastres naturais com a mitigação dos efeitos climáticos devem ser contínuos.

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